No inquérito, a que O DIA teve acesso, há provas técnicas (obtidas através de rastreamento de carros e telefonemas), testemunhais (há seis depoimentos que indicam que Bruno e Eliza estiveram juntos no sítio nos dias que antecederam o crime) e materiais (o sangue da jovem encontrado nos vidros e no banco da picape Range Rover do goleiro).
A investigação serviu como base para o despacho da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do Tribunal do Júri de Contagem, que no dia 7 decretou as prisões temporárias (30 dias) de Bruno e mais sete pessoas, além da apreensão do menor J., de 17 anos, suspeitos do que ela classifica como “palco dos horrores”. Esta semana, quando o inquérito deverá ser concluído, a polícia pedirá as prisões preventivas dos envolvidos. Inclusive a da amante do goleiro, Fernanda Gomes Castro, pela participação no sequestro.
No documento, a magistrada abordou o medo de testemunhas que chegaram a depor, mudaram de versão várias vezes e, em alguns casos, decidiram não falar mais nada: “Nos bastidores, as testemunhas, temerosas pelo que lhes possam acontecer, calam-se, omitem-se e os envolvidos fazem o possível para apagar todas as pistas que lhes possam incriminar”.
A grande polêmica do caso — o fato de o corpo da jovem Eliza não ter sido encontrado até agora — também é mencionada de maneira contundente: “Certamente acreditam que praticaram o crime perfeito. Ledo engano”.
A investigação revela tudo desde o momento em que Bruno e seu fiel escudeiro, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, colocam em prática o plano de atrair Eliza para a morte, ainda em abril. Com dinheiro e promessas de reconhecimento de paternidade, eles conseguem. E, de acordo com a polícia, sequestram, massacram a jovem, física e psicologicamente, mantendo-a várias vezes longe do filho como forma de garantir seu silêncio. Até que esse silêncio fosse para sempre, pelas mãos do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Neném.
fonte: meionorte.com
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