segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Emater promove encontro sobre beneficiamento do caju em Luzilândia
Cerca de 200 Agricultores e agricultoras do município de Luzilândia participaram neste fim de semana de um “Dia de Campo” para verem na prática o processo de beneficiamento do caju. A atividade, coordenada pelo escritório regional do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Piauí (Emater), contemplou agricultores (as) de 10 comunidades do município. A atividade faz parte das metas da Chamada Pública 101, proposta pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para o território, que contempla 10 municípios da região.
O “Dia de Campo” aconteceu na Fazenda Pintombeira, a 3km do município de Luzilândia, área produtiva do empresário luzilandense Edison Castro produtor de caju e dono da marca Cajuíne NICE, conhecida pela qualidade e sabor diferenciado da cajuína no Piauí.
Dentro da Programação do Dia de Campo os agricultores participaram de oficinas comandadas por agrônomos e técnicos que passaram informações desde a abertura e adubação da cova, espaçamento, tratos culturais e fitossanitários, colheitas a processamento da polpa que vai desde o processo de como fazer a cajuína, industrialização da polpa, de como fazer o doce, rapadura e outros produtos da polpa do caju.
“O nosso agricultor aqui ele tem o hábito de quando se fala em plantar caju, ele só pensa na castanha e 90% do rendimento do caju está na polpa, eles recebem essas informações para que levem a suas unidade de produção familiar e se ele tiver interesse, saem daqui com bagagem para potencializar o uso da fruta”. Pontua o técnico em agropecuária do EMATER na região de Luzilândia Francisco de Araújo Veras.
A extensionista social da EMATER Marcia Mendes explica que a Chamada Pública é uma nova modalidade de extensão rural, porque trabalha não somente a questão econômica “o diferencial é que a gente trabalha a família do agricultor, considera a unidade de produção como todo, onde a mulher também, os filhos jovens são parte dessa geração de renda não visando apenas o processo econômico, mas também visando o aspecto social e cultural”, afirma.
O agricultor Francisco das Chagas veio com a família para participar da capacitação, ele sua mulher Maria dos Milagres e o pequeno Ruan Pablo moram na comunidade Cocos e trabalham a agricultura de feijão, arroz e mandioca e ver nesta capacitação uma oportunidade de quem sabe futuramente também trabalhar o caju como renda para a família, “ isso aqui é muito importante porque a gente ver a oportunidade a mais pra gente aprender e quem sabe a comunidade se identifique e no futuro isso venha favorecer a gente”, comenta Francisco das Chagas.
O Técnico agrícola Antônio de Pádua explica que dentro do processo que se estende a visita às famílias e palestras nas comunidades os agricultores são incentivamos e auxiliados a ter o acesso às politicas de mercado que existe e buscam potencializar a produção agrícola familiar como o PAA Programa Nacional de Aquisição de Alimento, “nós como técnicos também incentivamos eles para que tenham acesso a essas politicas publicas do governo federal que dão suporte a essas unidades, para isso eles precisam se organizar e conhecer essas oportunidades, é claro que eles não vão deixar de plantar o arroz, o feijão, a mandioca, mas precisam enxergar outras potencialidades que possam gerar renda”, afirma.
Paula Andreas/ESpecial para o Luzionline
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário