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Em audiência pública realizada na manhã de hoje na Assembléia
Legislativa os deputados estaduais piauienses analisaram a manifestação
dos médicos, que reclamam por melhores salários e condições de trabalho
no Piauí.
Estiveram presentes representantes sindicais, do CRM-PI, o secretário da
fazenda do estado, representante da secretaria de saúde, ministério
público e outras entidades. O deputado Firmino Filho (PSDB) questionou a
recusa do governo em atender ao apelo da categoria em virtude do
crescimento anunciado de aproximadamente 12% da receita corrente líquida
do estado, o que seria suficiente para o governo priorizar os
investimentos e melhorar a prestação de serviços a população.
Já Marden Menezes (PSDB) travou caloroso debate com a deputada Rejane
Dias (PT), que se extendeu ao plenário durante a sessão ordinária.
Marden afirmou que o Piauí foi levado pela gestão ptista a se tornar um
estado meramente "pagador de contra-cheques". Para o tucano, enquanto o
país vive um momento de crescimento econômico, o Piauí coleciona
problemas graves, dentre eles a insatisfação de diversas categorias,
especialmente da saúde e educação.
Menezes manifestou-se contrário à criação de mais impostos como solução
para o financiamento da saúde, fato defendido pela deputada e
ex-primeira dama do estado.
"A imagem que o PT passou ao povo piauiense é a de que vivíamos num céu
azul, de brigadeiro, que as coisas iam do ótimo para excelente. Hoje o
próprio Governo Wilson Martins admite o limite das contas públicas,
especialmente quanto à responsabilidade fiscal. Nem o piso dos
professores alega poder pagar", desabafou a parlamentar.
O deputado ainda afirmou que é inaceitável pretender-se tirar mais
dinheiro do bolso do trabalhador, criando novos impostos, para cobrir a
falta do estado em gerir os recursos já disponíveis.
Por fim, o próprio secretário da fazenda Silvano Alencar surpreendeu a
todos quando afirmou que o estado do Piauí é um "estado consumidor" e
que muitos dos investimentos feitos não tiveram retorno e que não pode
dar aumento porque está no limite de gastos com pessoal.
Os médicos, assim como servidores da educação continuam aguardando solução.
fonte: piripiri40graus.com