sábado, 4 de junho de 2011

A pobreza da publicidade no rádio

Vejam este texto do amigo Eloi Zanetti, competente consultor de comunicação e de marketing:

Parece que as faculdades não estão sabendo ensinar aos novos publicitários a escrever para este veículo – essencialmente oral. Os comerciais de rádio estão cada vez mais irritantes e tudo se resume a uma gritaria sem sentido que me faz mudar de estação a cada intervalo.

Quero recordar aqui alguns conselhos do mestre David Ogilvy cujos livros deveriam ser leitura obrigatória para qualquer candidato a publicitário ou anunciante: é preciso surpreender o ouvinte despertando a sua curiosidade, logo no inicio do texto. Deve-se falar com eles como um ser humano fala para outro ser humano, envolvê-los e fazê-los achar graça. Se o contexto permitir, prometer um benefício ao ouvinte logo no inicio do comercial e repeti-lo várias vezes durante o tempo disponível…

E agora, os meus conselhos: texto para rádio deve ter melodia, cadência, agradar aos ouvidos. Por isso, escolha palavras sonoras e evite os plurais. Eles sibilam e tornam o trabalho do locutor mais difícil. Um texto de 30 segundos deve permitir uma fala de 25 – isto é, ter folga para a respiração de quem fala.

Quer escrever bons textos para rádio? Leia em voz alta, para sentir a sonoridade das palavras, poemas do Vinícius de Moraes de vez em quando.

E como rádio é um veículo de alta freqüência, as pessoas se cansam em ouvir sempre o mesmo comercial. Por isso invista na produção de várias peças, pois produções baratas e mal realizadas depreciam a sua marca.

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