quinta-feira, 2 de setembro de 2010

JB: tecnologia ou incompetência?



Impresso com 119 anos de vida, o Jornal do Brasil causou polêmica ao anunciar, em julho, o fim de sua versão em papel e a ida integral para o digital. Passado o impacto, o jornal divulgou nesta segunda-feira comunicado no qual explica em 50 pontos os motivos para a mudança, cuja estreia é prevista para 01/09.
O documento rebate críticas sobre a decisão tomada. Entre argumentos em prol da tecnologia e ferramentas que alteram a profissão jornalística, há questões sustentáveis abordadas pelo jornal para justificar a extinção do papel.
De acordo com informações do Comunique-se, a empresa enfatiza os danos que a produção de papel causa à natureza. “Ora, os custos econômicos e ambientais do papel são insustentáveis. Mais que isso, são desnecessários”. E logo abaixo explica em quatro pontos:
"14. A cada dia em que um jornal como o JB não é impresso em papel, 72 árvores deixam de ser cortadas. Dado o maior ou menor número de cadernos durante a semana, ao longo de um ano são mais de 30 mil árvores poupadas.
15. Uma única edição de domingo corresponde a cerca de 200 árvores que levam anos para crescer e ocupam 40 mil m² de florestas. Isto equivale a quatro campos e meio de futebol. Em um ano, com a versão digital, são preservadas áreas florestais correspondentes a mais de 1.200 Maracanãs.
16. Para se fazer uma edição do JB em papel consomem-se aproximadamente 10 mil litros d´água e 40 Mw/hora de energia por dia.
17. Além disso, a natureza leva 6 semanas para decompor um único exemplar de jornal em papel".
Quanto à tecnologia, o JB alega que “Não se pode optar por fechar os olhos - não ao futuro -, mas ao próprio presente da mídia em todo o mundo: o rumo, inexorável e crescente, à era digital. Assim, ao contrário do que vêm propagando alguns poucos mal-informados, irresponsáveis e mal-intencionados, o Jornal do Brasil está caminhando para uma nova e melhor fase. O JB continuará existindo – ágil, moderno e influente”, diz uma parte do texto.
COMENTÁRIO
Desculpem, mas as novas tecnologias não justificas a incompetência da má gestão do JB, que seguiu o mesmo caminho triste e sem volta da outrora também fortíssima Gazeta Mercantil. Dizer que é para poupar florestas é de um primarismo infantil, pois a produção de papel não usa florestas nativas faz muito, muito tempo. Para produzir celulose com boa fibras, são planejadas, plantadas, desenvolvidas, colhidas e replantadas florestas de pinus e de eucaliptus - como bons jornalistas deveriam já saber (mas este não é o caso, no JB).
Não costumo dar uma de Nostradamus, mas pela incompetência dos gestores do JB, apesar o esforço dos jornalistas, em 6 meses a versão online também sairá do ar.
Raros jornais, no mundo, tem lucro hoje com as suas versões online.
fonte: JJ

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